sábado, 21 de fevereiro de 2009

Impiedade de péssimo gosto




Opiário do Xico; Picos, cheiros e papoulas num clima amigável. Oferecemos serviço de anjo da guarda (recomendável). De segunda à sábado. Abrimos na hora da Aleluia.
Praça Caravaggio, Centro, Assis - SP
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Diante o arrebatamento, o que dizer, se é que se diz, que a religião é o ópio do povo? O que fazer do ópio? E o povo? O que fazer com ele? Significaria então que o povo é uma coisa feita, a qual se criticam os ingredientes e o modo de preparo? É assim com o ópio que arrebata.
Mas fico também na espera de algo mais no modelo leninista que, pessoalmente, entendo que só peca ao esconder uma variável que chamo de 'x':
-
"religião _______________ópio
povo_____________________ x"
-
que pela ausência de uma figuração matemática de números inteiros mantenho 'x' como incógnito, a forma forte do problema. Diante a Sociedade Anônima das massas, aposto no contrapeso da Sociedade Secreta, esta clientela dos opiários, que bem entendem em silêncio quase bolchevique os poderes alucinatórios de algo que, catolicamente, deveria permanecer na mão dos mandatários, os mediadores de Deus, os pais do povo, os mestres populistas.
No vigor destes movimentos de maior volúpia, ergo uma taça em brinde. Mas com água, por que sou café pequeno. Fosse da liderança, encerraria o texto com um volumoso gole de absinto, pelo que sinto muito. Não pela braçadeira de capitão, mas pelo delírio alucinógeno das imagens dos alcoóis que após a ensurdecedora algazarra das imagens permite o silêncio profundo de um mergulho surdo.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

DIESE-L

post-to isto faz-se agora, já, deposto.
pois depois dessas coisas (DING!),
desses casos naquela spellungka
só o que fazemos
é-isto:

ex-humamos.

E ainda erramos. Merda.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Avec fétichisme d´un type trés fort.


Fez um ornamento coletivo. Digo, arrebanhou um monte. Muita coisa mesmo. Mas não misturou simplesmente, pois isso dá à coisa um ar indistinto, como se tanto fizesse como tanto o fez. Não assim. O que imperava era o sentido de ordem mais abrangente, que levasse muito tempo, muito mesmo, e que sua obra não fosse matéria de efeméride, mas de um calhamaço para se narrar as coisas de forma imprecisa, sem muitos detalhes embora cheio de força e forma e pleno de uma teologia de criações, até que houvesse uma indistinção de fato imperativa: thou shall not know the difference between creator and creature, contrário ao qual tudo o mais que se fizesse fosse um pecado sem volta. Kapital. Valeria a mensagem portenha de que “o universo foi inventado antigo”, o que anula as forças centrais da dramaturgia dos demiurgos, permitindo união de natureza cuja força enfim exterminaria com tudo que fosse específico, dada a conversão das coisas entre si como coisas que são. Tutti pigmalione.
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1)
Três porquinhos nadam incontestes
na trama furiosa deste sábado
viscoso.
Rodeando alegres vêem e ouvem
o que houve com
o peru, nhô Dirceu e seu machado:
"O Poderoso" - escrito no cabo.
Nesgas à parte, nas partes já destacadas de peru,
ou do peru,
impõe-se:
Diante a fome e o pavor
todo o fetichismo é, desde já, justificável.
Basta ler no cutelo
pendurado
na parade do abatedouro:
"Lobo Mau".

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Poliglósis desonesta de Juan

Creo que voy cambiarme en profesional
y cambiar también de rostro
u tantear por ningún.

Miré Juan.
Chiquito y guapo
trajando como quién bien se quiere

(como se hay dicho otrora)
un cadáver.

Pero estamos en crisis de espacio urbano.

Andate (o cadáver Juan) que hay trabajo para ti.

Pensez, si vous plaît.
Tous les morts marchent commes nous.

(Comme nous?)

Comme nous.

Dommage! C´est fatiguent! Et cette fatigue est tuent moi.

(Juan fala e escreve francês muy mal e usa terno. Fala e se vê, ao mesmo tempo, em terceira pessoa, quando está morto definitivamente.)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Dito e feito
dito é feito
dito efeito
ou
de defeito.

Tanto faz.

É do mesmo jeito.